quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

A GRANDE TELA | Mary Poppins.


Quanto mais penso no assunto, menos razões encontro para justificar a minha demora em ver o filme Mary Poppins. Terá sido um possível medo de palavras grandes? Terá sido um certo complexo de superioridade face aos efeitos especiais da década de 60? Ou terá sido por achar que era um filme para crianças? Para alguém que adora filmes dedicados aos mais pequenos, como eu, caí no erro de subestimar a Mary Poppins. Estava mais completa e redondamente enganada!

Embora ache que o enredo do filme seja do conhecimento geral, deixem-me avivar a vossa memória. Estamos em 1910 e, depois da sexta ama se ter despedido, Mr. Banks decide tomar para si a responsabilidade de encontrar alguém que tome conta dos seus filhos e os eduque da mesma maneira que um general discipline um exército. Mas os pequenos têm uma visão diferente da do pai e decidem fazer o seu próprio anúncio de jornal, onde enumeram as características da sua ama perfeita. No entanto, no dia seguinte, um vento misterioso leva as amas que faziam fila à porta da casa da família Banks e eis que Mary Poppins surge de chapéu-de-chuva em punho!

A música transporta-nos para os cenários, quer sejam eles alegres e coloridos quer sejam sóbrios. Senti que cada música tinha o seu quê de magia e achei isso incrível. Não achei que o filme tivesse momentos mortos. Pelo contrário, achei que tive um ritmo próprio com contrastes interessantes. Por exemplo, a Mary Poppins e o Bert são personagens vibrantes e cheias de vida que contrastam com o cenário escuro e sujo da Londres industrializada do século XX. O guarda-roupa, nomeadamente os vestidos e saias usados pela Julie Andrews, é maravilhoso. Sem querer estragar o final para aqueles que ainda não viram (se não o fizeram, do que é que estão à espera?), foi um momento que me deixou o coração ainda mais mole e com um sorriso nos lábios. Mais do que um filme para crianças, é um filme para todos. É um filme divertido, não fosse a maioria dos actores comediantes, mas também que nos faz pensar sobre a relação que temos connosco, com a nossa família e com as pessoas que nos são chegadas.

Pouco depois de ter visto o filme de 1964, descobri que este ano vai estrear a sequela, Mary Poppins Returns com a Emily Blunt e Manuel Lin Miranda! Já sei o que é que vou fazer em 2018: esperar que a Mary Poppins volte e que a Supercalifragilisticexpialidocious me faça saltar do assento.

2 comentários:

  1. O filme é muito giro, mas o livro acaba por ser uma desilusão caso vermos o filme primeiro :\ No livro, a Mary Poppins é muito mais dura com as crianças; não tem quase nada a ver com a do filme.

    Beijinho*

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