segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A GRANDE TELA | Coco


Apesar de todos os altos e baixos, Dezembro foi um bom mês porque, numa só semana, tive a oportunidade de ir duas vezes ao cinema! Mas dos dois filmes que vi, Coco foi o melhor. Desde que o filme saiu que a minha irmã estava ânsias de o ir ver e depois de termos ganho dois bilhetes de cinema numa daquelas promoções maravilhosas que envolve pizza, não podíamos deixar que este filme nos escapasse por entre os dedos.

Coco conta a história de Miguel, um rapaz cujo sonho é ser músico e seguir as pisadas do seu ídolo, Ernesto de La Cruz. Mas o petiz confronta-se com um problema; é que a família de Miguel baniu a música desde há três gerações, dedicando-se ao fabrico de sapatos, e falar de música é expressamente proibido (quanto mais sonhar em seguir tal caminho)! É então que Miguel decide provar à família que não só é um músico talentoso como tem a certeza que vai ganhar um concurso de talentos. Mas o inesperado acontece e eis que ele é transportado para o mundo dos mortos.

A trama tem como pano de fundo as celebrações do Dia de Los Muertos, momento em que a ponte entre o mundo dos vivos e dos mortos se cria e estes têm a oportunidade de visitar os familiares. E é precisamente sobre a importância da família nas nossas que este filme versa. Não tenho vergonha em admitir que um dos meus géneros preferidos é animação, por uma simples razão: sinto que aprendo muito mais com um filme de animação bem feito do que com um filme que pretende ter uma moral a ser apreendida no final. Há filmes e filmes, é certo, mas encontro nos filmes de animação uma maneira mais directa (que não deixa de ter tanto de encantador como de eficaz) naquilo que quer passar a quem o assiste.

Quando entrei na sala de cinema, sabia mais ou menos a história, mas não tinha qualquer expectativa para o filme. E ainda bem que não, porque duvido que tivesse gostado tanto. As personagens (sobretudo aquela abuelita que em tanto me faz lembrar a minha), os cenários, as cores e a música são realmente de outro mundo. O México é um outro mundo que, a pouco e pouco, vai ganhando o meu coração com toda aquela dimensão cultural que engloba as tradições indígenas daquelas que foram sendo integradas com a chegada de novas gentes. Achei o filme maravilhoso e, numa sala praticamente cheia de crianças, devo ter chorado por todas elas. Se tiverem oportunidade, vejam. E se acharam que o Hanz de Frozen foi o plot twist da década, enganam-se. Simplesmente maravilhoso.

1 comentário:

  1. Já tinha lido a crítica da Inês do Bobby Pins e, agora, depois de ler a tua, estou aqui ansiosa para saltar para dentro deste filme. Os filmes de animação também são dos meus favoritos, por isso, sempre que vejo publicidade a um fico entusiasmada.
    Mal posso esperar que Coco chegue às plataformas onlines ou mesmo à televisão nacional, para o ver com toda a qualidade a que tem direito. A mensagem que transmite parece ser imprescindível de adquirir eheh
    Beijinhos!

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