Este é o primeiro ano em que o meu namorado vem até Torres Vedras para festejar e brincar ao Carnaval, pelo menos o mais português de Portugal, como diz o povo, mesmo sendo mais rápido para ele viajar até Torres do que ir a Lisboa. De qualquer das maneiras, segundo o que o Senhor Dito Cujo me conta é que ele não põe os pés em Torres para ir ao Carnaval desde que era miúdo, ou seja, há uns valentes anos. Até agora.
Assim, desde o início do nosso namoro, ele veio pela primeira vez ao Carnaval de Torres Vedras (as outra vezes em que ele cá veio não contam, já que o rapaz estava mais interessado nos pastéis de feijão e nos gelados do que propriamente em perucas coloridas e em homens vestidos de mulheres). É, então, que começam a surgir as primeiras perguntas: que máscara uso? Seria mau mascarar-me de matrafona? As pessoas em Torres Vedras batem na cabeça umas das outras com um martelo de plástico? Levo as serpentinas e os confetis? Sabes se aquilo acaba muito tarde? Podemos comer farturas, ou churros, ou lá como se chama?
Perguntas atrás de perguntas que me faziam pensar se tinha ganho um segundo irmão mais novo, como se aquele que tenho não fosse mais que um aperitivo. A verdade é que este rapaz é um aluado que por estes lados anda, por isso, este interrogatório não me espantou (embora no final do dia me tenha sido dado o cognome de "A Chata". Ainda não entendo porquê, uma vez que sou um amor de pessoa). Pois bem, depois de ter almoçado comigo e com a minha família, lá fomos para o corso diurno juntamente com o meu irmão.
Depois de passar por duas provas de fogo, comprar o passe e entrar no circuito do corso, já se avistava a multidão de mascarados e não só. De carros e bicicletas (a sério e a brincar) aos Papa- Bolachas e aos vários Jorge Jesus que por lá andavam, conseguimos encontrar um sítio onde não havia muita gente para que ele pudesse ter uma ideia de como é que a coisa funcionava antes de se mergulhar na multidão. Por cada grupo de mascarados, carro alegórico e matrafona que passava, ele virava-se para mim e perguntava o que era aquilo e o que é que queria dizer. Não vou negar: foi adorável (mas o que é que eu posso fazer quando ele é assim por natureza?).
O meu irmão funcionava como guia-adjunto e estava ansioso que passassem os cabeçudos e o carros dos Reis do Carnaval para apontar e mostrar que sabia o que é que eles eram. Lá no meio da confusão, entre cocotes e confetis, este mexicano e este ninja que ainda cheira a leite deram início a um duelo de espadas. Tanto um, como o outro gostaram bastante da tarde, mesmo com o barulho ensurdecedor das colunas e da confusão. Mesmo assim, não foi o suficiente para os deitar abaixo ou para abalar a sua convicção de comer um churro (os gulosos!).
De gordice em punho, afastámo-nos da multidão e deixámo-nos estar a comer sossegadamente ao lado do Emplastro, do casal Portas-Passos e do trioOdemira Hollande-Merkel-Sarkozy. O mais novo já estava cansado e o mais velho também para lá caminhava (gostava de o ter levado à folia noturna que são sábado e segunda-feira, mas sei que não gostaria muito). Depois de termos atacado o lanche, tivemos de nos ir embora, no entanto com a promessa que para o ano lá estaríamos de novo!
O Senhor Dito Cujo diz que para o ano vem de matrafona (algo que eu aprovo, já que ele tem umas pernas de meter inveja a toda e a qualquer senhora e daria uma matrafona muito jeitosa!) e que para fazer jus às matrafonas torrienses aprenderia a andar de saltos altos. Gosto da determinação, mas vamos com calma. Não nos queremos encontrar num quarto de hospital porque alguém torceu ou partiu os pés. Para começar, talvez umas crocs com brilhantes.
Perguntas atrás de perguntas que me faziam pensar se tinha ganho um segundo irmão mais novo, como se aquele que tenho não fosse mais que um aperitivo. A verdade é que este rapaz é um aluado que por estes lados anda, por isso, este interrogatório não me espantou (embora no final do dia me tenha sido dado o cognome de "A Chata". Ainda não entendo porquê, uma vez que sou um amor de pessoa). Pois bem, depois de ter almoçado comigo e com a minha família, lá fomos para o corso diurno juntamente com o meu irmão.
Depois de passar por duas provas de fogo, comprar o passe e entrar no circuito do corso, já se avistava a multidão de mascarados e não só. De carros e bicicletas (a sério e a brincar) aos Papa- Bolachas e aos vários Jorge Jesus que por lá andavam, conseguimos encontrar um sítio onde não havia muita gente para que ele pudesse ter uma ideia de como é que a coisa funcionava antes de se mergulhar na multidão. Por cada grupo de mascarados, carro alegórico e matrafona que passava, ele virava-se para mim e perguntava o que era aquilo e o que é que queria dizer. Não vou negar: foi adorável (mas o que é que eu posso fazer quando ele é assim por natureza?).
O meu irmão funcionava como guia-adjunto e estava ansioso que passassem os cabeçudos e o carros dos Reis do Carnaval para apontar e mostrar que sabia o que é que eles eram. Lá no meio da confusão, entre cocotes e confetis, este mexicano e este ninja que ainda cheira a leite deram início a um duelo de espadas. Tanto um, como o outro gostaram bastante da tarde, mesmo com o barulho ensurdecedor das colunas e da confusão. Mesmo assim, não foi o suficiente para os deitar abaixo ou para abalar a sua convicção de comer um churro (os gulosos!).
De gordice em punho, afastámo-nos da multidão e deixámo-nos estar a comer sossegadamente ao lado do Emplastro, do casal Portas-Passos e do trio
O Senhor Dito Cujo diz que para o ano vem de matrafona (algo que eu aprovo, já que ele tem umas pernas de meter inveja a toda e a qualquer senhora e daria uma matrafona muito jeitosa!) e que para fazer jus às matrafonas torrienses aprenderia a andar de saltos altos. Gosto da determinação, mas vamos com calma. Não nos queremos encontrar num quarto de hospital porque alguém torceu ou partiu os pés. Para começar, talvez umas crocs com brilhantes.

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