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:))) | We Heart It. |
Eu sou tal como o meu pai: em cinco palavras que falo, seis são asneiras.
Não faço por mal, simplesmente saem-me da boca sem as conseguir controlar. Ou quase sempre. De algum tempo para cá que tento controlar esse vício, dizendo apenas aquelas asneirolas mesmo asneirentes, passo o pleonásmo, quando estou sozinha e a falar com os meus botões. Quando estou com amigos e família, tenho de ter tento na língua antes que me saia alguma coisa; o que nem sempre é fácil. Por exemplo, quando estou com o namorado (ele não diz uma única asneira, a não ser quando está realmente irritado, o que acontece, tipo, uma vez na vida) sinto-me tão confortável que começo a desenrolar o vasto leque de asneiras e nomes menos bonitos que tenho na cabeça. Só depois de os dizer é que me lembro que não estou sozinha...xiça!
Outra situação, mas completamente diferente, é quando estou com o meu pai. É quase um facto adquirido que militares só sabem uma linguagem: a dos palavrões. Mas, mesmo assim, tento passar a imagem de rapariga doce, calma e sensata. Por isso, quando o meu pai me começa a contar aquelas histórias mirabolantes que se passam no trabalho, eu oiço-o. Se entender que não há perigo em dizer asneiras, avanço. Se vir que se calhar é melhor manter-me calada, é o que faço.
Por falar em asneiras, sabiam que há um estudo qualquer (esses estudos que brotam do chão sem nos dar-mos conta) em que está provado que as pessoas que dizem mais asneiras são as mais honestas? Caramba, há estudos para tudo. Mas ao menos já não me sinto tão mal.
Eu não os digo e não gosto de os ouvir. Não tenho esse hábito - só em último caso, como nos acontece a todos - e não me acho menos honesta por isso (aliás, esses estudos são sempre absurdos que comparam mulheres, homens, rabos grandes, rabos pequenos, palavrões, discursos cuidados (...) e os associam a traços de personalidade ou inteligência parecem-me sempre inventados) x)
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