sexta-feira, 24 de março de 2017

LAUREAR A PEVIDE | Quinta da Regaleira.


Pela primeira vez em muitos anos, fui a Sintra. Mais concretamente, à vila de Sintra. Não só visitei a vila, como esteve bom tempo. E com "bom tempo" quero dizer que esteve nublado, não choveu e o vento que se fez sentir nem foi assim nada por aí além. Pronto, talvez tenha ficado com um novo penteado no momento em que saí da estação de comboios e com outro completamente diferente quando cheguei à Quinta da Regaleira. Mas quem nunca, não é verdade?

É sobre esta quinta maravilhosa, fantástica mesmo, que vos venho falar.

Embora gostasse de vos dizer que a visita correu sem percalços, não foi bem assim. De facto, a nossa viagem pela Quinta da Regaleira não começou suavemente. Marcámos uma visita guiada pelo espaço, uma vez que ou nunca tínhamos lá estado antes (o meu caso) ou a última vez que lá estivemos ainda não tínhamos idade suficiente para compreender o que é que realmente se passava. O caminho até à quinta teria sido feito sem qualquer problema, não estivéssemos nós com pressa e acabados de almoçar -- o caminho de volta à vila fez-se muito melhor, até porque não tivemos de nos desviar de grupos de turistas ou correr.

Mas houve um problema com a marcação da visita e, enquanto esperávamos na rua, o rádio do segurança estava ligado e ouvimos a pequena discussão entre a bilheteira e quem viria a ser a nossa guia. Honestamente, não gostei muito da visita guiada. No entanto, não posso deixar de dizer que nos foi bastante útil. Visitámos os jardins e o piso térreo da casa, uma vez que os pisos superiores estavam fechados ao público para restauro. De resto, a parte que eu mais gostei da visita foi o facto de poder explorar os jardins sem ter ninguém a dizer-me para onde ir. Tenho uma coisa para vos dizer, seja que visita for, eu sou sempre a última pessoa a juntar-me a grupo porque fico sempre para trás a ver ou a exposição ou o sítio em si; demoro imenso tempo em visitas porque não gosto que as coisas fiquem por ver. Ora, tendo em conta que o nosso grupo era pequeno e eu era sempre a última a juntar-me a eles, a guia tinha sempre que esperar por mim para recomeçar a explicar o porquê do local.

Visitei a quinta uma só vez e acho que posso dizer que é um sítio maravilhoso. Não fossem os grupos de turistas (por vezes, mal educados) que literalmente entupiam os corredores e caminhos já estreitos das localizações, teria desfrutado muito mais da visita. Ainda assim, não posso dizer que desgostei. Pelo contrário, adorei. A Quinta da Regaleira é um lugar mágico, como a própria vila de Sintra. As grutas, a casa, a capela, o poço iniciático, tudo é encantador. O labirinto e o caminhar sobre as águas, numa mistura entre o cristão e o pagão, foram uma das minhas partes preferidas. Foi uma tarde bem passada que depois terminou na famosa Piriquita e com um dos seus travesseiros. 




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