sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A GRANDE TELA | Fantastic Beasts and Where To Find Them.


Desde o momento em que anunciaram que iriam sair mais filmes do universo de Harry Potter que eu sabia que os tinha de ir ver a todos. Preferencialmente ao cinema (o ecrã do computador ou da televisão cá de casa são muito pequenos para conseguirem albergar tanta magia). E se soube melhor pensei. Poucos dias depois da estreia nos cinemas portugueses, lá estava eu, entusiasmada e também sem saber muito bem o que fazer -- se arquitectar um plano para levar os cartazes do filme comigo para casa, sem que ninguém desse por nada, se tirar algumas fotografias e esperar que uma delas não tenha ficado desfocada. Não sou o género de pessoa que coma pipocas quando vai ao cinema; na verdade, não sou o género de pessoa que coma pipocas de tudo, mas naquele momento pareceu-me ser o mais acertado. Excusado será dizer que acabámos com, pelo menos, metade do menu poucos minutos depois do filme começar. Quem nunca fez o mesmo, que atire a primeira pipoca!

Ao contrário dos livros, fui crescendo com os filmes de Harry Potter -- eu tinha seis anos (ou sete, já não me lembro bem) quando o Harry Potter e a Pedra Filosofal saiu nos cinemas. A partir desse momento, estabeleceu-se uma tradição cá em casa: sempre que um filme do Harry Potter saia tinhamos de ir ver a estreia ao cinema cá da terra, o que era algo de fantástico por ficava não no meio da cidade, mas no meio de uma aldeia.  Lembro-me perfeitamente de ainda ir ver o Prisioneiro de Azkaban e a sala estar completamente cheia. Uma sensação fantástica. Mas só depois de ter visto o primeiro e ter adorado todo aquele universo mágico é que comecei a comprar os livros, entrando naquele ciclo de ansiendade pelo próximo.

Ora quando fui ver o novo filme, senti-me novamente como aquela miúda de sete anos. Adorei a prestação do Eddie Redmayne como Newt Scamander, embora as minhas personagens preferidas tenham sido a Queenie Goldstein e o Jacob Kawalski, o no-maj, ainda que prefira o termo muggle. Uma das primeiras coisas que me veio à cabeça foi o facto de as pessoas na década de 20, em New York, se vestirem muito melhor que aquelas da década de 90, em Londres. Ainda assim, pergunto-me, que tipo de camisola é que a Molly Weasly tricotaria para Newt?

Mas voltando ao filme. Este começa com um enredo fácil e divertido de acompanhar, mas que depois se adensa e transforma. Uma vez concluída a primeira parte do filme, inicia-se a segunda, que adquire contornos mais obscuros do que aqueles eu estava à espera. Quando os pequenos vídeos promocionais com o elenco começaram a surgir, não estava à espera de ver o Erza Miller (juntamente com a Emma Watson e o Logan Lerman, participou em The Perks of Being a Wallflower). A partir desse momento fiquei ainda mais curiosa para saber qual seria o seu papel e como é que o interpretaria. Só posso dizer que adorei! Independentemente das teorias que possam surgir sobre quem é que ele realmente é, a personagem dele e a maneira como a interpretou foi incrível.

Desde os momentos mais ternurentos aos mais cómicos, sem esquecer as cenas de acção (eu não sabia que precisava de combates entre feiticeiros até os ver no filme; e, mesmo assim, poucas foram as vezes que o Newt recorreu à magia ofensiva) e as relações que as personagens construiram entre si, o filme alcançou o seu objectivo: quando o próximo filme estrear, eu estarei lá. A não ser que o Niffler me roube o bilhete...

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