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Fotografia da minha autoria. Não utilizar sem autorização prévia. |
Há já algum tempo que a minha família planeava umas mini-férias antes da escola dos meus irmãos e a minha faculdade começarem. Já desde o início do Verão que me perguntavam o que é que preferia visitar: o Norte ou o Sul do país. Quase sem hesitar, respondia sempre que queria conhecer a zona norte de Portugal por uma razão muito simples: quando alguém se refere ao sul do país estão a referir-se quase única e exclusivamente ao Algarve. Ora, por muito agradável que a temperatura da água seja, por muito que goste de me estender ao comprido sem fazer nada, passar um fim de semana no Algarve não é algo que me atraia, sobretudo quando tenho irmãos mais novos que facilmente se chateiam e me chateiam. No entanto, a minha teimosia em relação ao norte do país tem muito que ver com as origens da minha família. Desde muito pequena que passava as férias de Verão com a minha avó na terra-natal dela, uma pequena aldeia perto de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança. Talvez o Rui Reininho esteja certo e seja
a pronúncia do norte.
Eis que chega ao dia e partimos em direção a Braga. A viagem foi fastidiosa, mas podia ter sido pior. A nossa primeira paragem foi um Monte Real para depois seguirmos viagem até ao Porto. Se o mais novo ficou fascinado com o estádio do clube do Porto, eu preferi a ponte D. Maria. Infelizmente, não deu para parar no Porto. Talvez numa outra viagem, quem sabe.
Passado algum tempos, chegamos a Braga e não é que nos vamos meter no meio do trânsito? Por alguma razão, para mim, trânsito só em Lisboa. E no resto do país? Não existe ( gozem à vontade! Eu vou manter-me fiel a essa ilusão ). Como não somos de Braga, nem nada que se pareça, tivemos de utilizar um sistema de GPS. Ficámos a conhecer uma boa mão-cheia de ruas e ruelas até chegarmos ao Santuário do Bom Jesus do Monte. Mas,
caramba, valeu cada rua íngrime e estreita.
É aqui que as coisas ficam interessantes para mim.
O meu irmão mais novo fica sempre chateado quando vai a algum lado e estou lá eu. Não o censuro. Afinal de contas, quem é que aguenta ouvir alguém fazer perguntas sem parar ou a tentar perceber o porquê daquele edíficio/estátua estar ali e a sua história? Além disso, eram muitas escadas. Mas voltando à questão: chegámos à entrada do santuário e eu encantada com o cenário, com o tempo, com toda aquela aura fantástica que me estava a transmitir e, que quanto mais avançava, mais me fascinava. Daí ter demorado tanto tempo a subir até ao cimo do santuário ( e talvez porque ainda eram algumas escadas, mas ninguém quer saber desse pormenor sem interesse ).
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Só para começar, o pórtico do santuário é algo de fantástico. Quase embuído na vegetação, quando trespassamos o pórtico não achamos que iremos subir uma escadaria que nos levará até uma das igrejas mais bonitas que vi. Pelo contrário, transporta-nos para um outro
tempo. Só me lembrei que estava num espaço sagrado pelas duas capelas laterais que são as primeiras cenas da Via Sacra do Bom Jesus, cujo representam o momento em que Cristo foi até ao Monte das Oliveiras e depois a Última Ceia. Ao longo do percurso vamos encontrando mais capelas, cada uma com um tema específico desse longo momento da vida do Bom Jesus. Ao mesmo tempo, ao lado de cada capela, há uma fonte onde podemos encontrar não só os nomes de alguns deuses romanos como os seus atributos, as armas de Marte ( deus da guerra ) ou o bastão de Mercúrio ( deus mensageiro ).
De um lado para o outro, de máquina fotográfica em punho e a tentar registar todo e qualquer detalhe que me chamasse a atenção, lá ia eu. Uma vez percorridas estas paragens e registadas, chegámos às ditas escadas que, essas sim, levam ao topo do monte. Eu sei que já o referi anteiormente, e volto a fazê-lo, fui transportada para outro tempo. A arquitectura é extraordinária.
É simples e complexa. Se pudesse tinha ficado ali especada, mesmo no meio do sítio a incomdar as pessoas, só para poder absorver tudo aquilo. Mas não pude.
No final da tarde, tiveram quase de me arrastar de novo para dentro do carro porque tínhamos de seguir viagem e ainda encontrar a casa em que ficaríamos. À noite. Numa aldeia do norte. Estão a ver a dificuldade, ou as ruas estreitas? O centro de Braga terá de ficar para outra altura.
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Esse lugar e lindo
ResponderEliminarBeijinhos
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Tem post novos todos os dias
Eu adoro o Bom Jesus :) Foi lá o meu primeiro encontro!
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