Antes de dar a minha opinião relativamente ao filme, gostava de salientar isso mesmo: é apenas a minha opinião. Não sou crítica de cinema e muito menos sei de cor e salteado todos os actores, produtores, guionistas, etc., que compõe um filme. Sou apenas alguém que gosta de ver filmes. Tendo já avisado sobre a minha relação com a sétima arte, qual aviso para desligar os telemóveis no início do filme e que não é permitido gravar as imagens qual quê, vamos lá à vaca fria.
Ou melhor, à vaca branca como o leite.
O Into the Woods é um musical, mas só quando o filme começou é que eu me apercebi disso. Nada contra, até porque sou fã de musicais, por isso esperava que este filme me surpreendesse, mesmo tendo todas histórias e personagens dos contos de fada aos quais estamos habituados a ouvir. O filme começou bem e prometia. Ao início, foi curioso e interessante, uma vez que as várias histórias que compõem o filme se iam cruzando em vários pontos do filme.
Para quem ainda não viu o filme, as histórias que o constroem são a da Cinderela, da Rapunzel, do João e o Pé de Feijão e do Capuchinho Vermelho, mas com a adição da história de um casal de padeiros que não tem filhos e da bruxa que precisa deles para quebrar a maldição que lançou sobre o pai do padeiro. Dito assim, a história parece interessante. Ela faz uma lista dos ingredientes que precisa para desfazer a maldição e o casal que quer ter filhos, mas não consegue por causa do feitiço que foi lançado, entra na floresta à procura deles. Serão os ingredientes que os levarão ao encontro dos restantes personagens.
O enredo desenvolve-se e o casal consegue reunir todos os ingredientes. Mas é a meio do filme que começa a ficar aborrecido. Se a primeira parte do Into the Woods nos mostra como realizar os desejos que fazemos, a segunda mostra as consequências disso mesmo. Achei uma ideia também interessante, mas não da maneira que a executaram. Poderiam ter pegado nela de uma outra forma, de maneira a que a película não ficasse tão longa. Fiquei literalmente com a ideia, e desculpem a expressão, que estavam a encher chouriços com as cenas musicais. Quando o filme chego ao fim, a minha reação foi de alívio e de decepção.
O elenco é dos melhores e conta com actores jovens como a Lilla Crawford (Capuchinho Vermelho) e o Daniel Huttlestone (João e o Pé de Feijão, que também participou nos Miseráveis!), mas também com actores mais conhecidos, como a Maryl Streep, o Johnny Depp, Anna Kendrick e a Emily Blunt, entre outros. De facto, confesso, foi o elenco que me chamou mais a atenção. Todos eles fizeram o seu trabalho, mas que para mim deixou a desejar. Sobretudo as performances da Meryl Streep e do Johnny Depp.
Gostei muito dos cenários, mas não posso dizer o mesmo relativamente à música porque não fiquei com nenhuma no ouvido, e acho que ficar com a música de um filme ou de uma banda no ouvido quer dizer que há algo ali que está a resultar. Falando de maneira geral, não foi um filme terrível, é bom para passar o tempo. Mas não deixa de ter questões importantes em aberto, que poderiam ter sido resolvidas no filme sem grande trabalho - se virem o filme, vocês percebem.
Curiosamente, para esta minha opinião, decidi ir ler algumas críticas feitas ao filme na Internet. Qual foi o meu espanto quando vi várias pessoas indignadas com o cariz mais negro dos contos de fada. Para os mais desatentos, os contos que constituem a trama foram romantizados há pouco tempo. Por exemplo, a história da Cinderela. A madrasta e as irmãs são más para ela. Quando o princípe está à procura da moça, a ambição da madrasta é tanta que ela corta dos dedos dos pés das filhas para que estes caibam no sapato. Essa maldade é retribuída, quando os pássaros amigos da Cinderela cegam a família dela com os bicos e garras. Isto são contos antigos, contos dos Irmãos Grimm. E nem me façam falar do Capuchinho Vermelho ou da Rapunzel...
Talvez me tenha prolongado um pouco, mas acho que a minha opinião está toda (ou quase toda) aqui. E vocês, já viram o filme? Se sim, o que é que acharam?
Já vi o filme e digamos que a crítica que escrevi na altura não foi tão bondosa como a tua haha. Tal como tu, não fazia ideia que o "Into the Woods" era um musical e fiquei bastante decepcionado. Passado meia hora já não conseguia mais ouvi-los cantar sobre fazer pão ou outras trivialidades. Cheguei ao fim do filme e senti que merecia uma medalha por ter conseguido aguentar sem destruir o computador. O que mais irrita é que o elenco é fantástico e senti que foi muito mal aproveitado. Falam mal do "Mamma Mia!" mas foi o único musical que consegui apreciar e cantarolar até hoje.
ResponderEliminarRicardo, The Ghostly Walker.
R: Acertaste na maioria das coisas que trago na minha mala. Começo a ficar desconfiada ahah.
ResponderEliminarGostas de música francesa? Conheci esta através de um amigo meu que por sinal é francês.
Amanhã às 16h revelo no blog o que realmente trago na minha mala e os blogs das bloggers que deram palpites certeiros.
Eu gostei do filme mas esperava muito mais.
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