domingo, 26 de julho de 2015

LAUREAR A PEVIDE | Jardim do Cerco

Fotografia da minha autoria. Não utilizar sem autorização prévia.
O Jardim do Cerco, em Mafra, é possivelmente um dos sítios mais bonitos que eu já visitei. Ao entrar lá, eu não entro apenas num jardim mas num mundo à parte, onde caminhos se cruzam e estátuas nos apontam a direcção a tomar, não nos deixando perder.

Criado por D. João V, situando-nos não só entre o Palácio e a Tapada de Mafra mas também no ano de 1718, o Jardim do Cerco é constituído por duas partes: o Jardim Botânico, que nos convida logo a entrar a desfrutar de um pequeno lanche e até uma voltinha no escorrega e nos baloiços do parque infantil, e pelo Bosque, que contém em si um elemento paisagístico que nos embala numa viagem pelo tempo e pela imaginação, onde reis e príncipes contracenam num majestoso palco que é o Palácio ao qual está ligado.

Este espaço, até à extinção das ordens religiosas em Portugal, no ano de 1834, foi utilizado pelas congregações. Quem o visitar vai poder ainda observar as pequenas hortas que os religiosos utilizavam. O espaço está munido com uma nora, um poço, fontes e ainda pavões (a única coisa que não gosto propriamente é o facto de os pavões não andarem fora da gaiola...).

Durante os inícios do século XX, encontra-se ainda sob administração do Palácio Nacional de Mafra, e só depois é cedido à Escola Prática de Infantaria que está ali mesmo coladinha ao Palácio. Só a partir de 1994 é que começou a ser gerido pela Câmara Municipal da região, mas não é por isso que deixa de tirar o fôlego a quem o visitar.

Fotografia da minha autoria. Não utilizar sem autorização prévia.
Confesso: adoro sítios que me façam sentir completamente deslocada do tempo, especialmente se me transportarem para aquele momento da minha infância em que queria ser uma princesa. A verdade é que sempre que visito o Jardim do Cerco é esse o sentimento que se aloja em mim. É um sítio maravilhoso, onde as copas das árvores de contorcem entre si e criam um ambiente mágico, tipicamente barroco. Apesar dos seus oito hectares não se irão perder, já que em cada encruzilhada há uma estátua que aponta para a saída (mesmo muitas delas estarem desfiguradas!). É simplesmente maravilhoso e não me canso de lá ir.

Mas antes de terminar este pequeno texto tenho outra confissão a fazer...se não fosse o meu namorado nunca teria encontrado este jardim ou sequer este Palácio magnífico. Sim, teria lido sobre ele. E sim, teria visitado tanto o monumento e possivelmente o Jardim, mas não da mesma maneira que ele me levou a descobrir tudo isto.

O meu único e último conselho é este: vão e deliciem-se.

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