domingo, 20 de julho de 2014

HISTÓRIA | Templo de Diana


Decidi que a minha primeira entrada neste novo blog (novo, sim, porque já o tenho à imenso tempo) seria uma das melhores experiências que tive este ano. Estou a falar da minha curta visita a Évora. Sempre foi um desejo meu visitar esta cidade e passar o dia inteiro, uma semana se fosse possível, a passear por este lugar que pulsa História. No entanto, mais vale uma visita curta do que nunca lá ter ido de todo. Apenas tive o prazer de visitar o Templo de Diana e ver a Sé de fora, mas nem por isso fiquei desiludida; apenas me deu ainda mais vontade para visitar por uma segunda, terceira, quarta vez e por aí fora.

Apesar de saber relativamente pouco sobre a época Romana na Hispânia, pelo menos, menos do que gostaria, o Templo de Diana sempre me fascinou por algum motivo em especial. Talvez tenha sido pela sua arquitectura, as suas colunas ao estilo coríntio, pela sua grandiosidade (até estar tão perto do templo, sempre pensei que fosse uma construção pequeníssima. Qual o meu espanto quando me dou com uma construção maior do que aquilo que imaginei!); ou talvez tenha sido pela deusa em sim, que sempre me despertou uma certa curiosidade - tanto a seu lado grego, Ártemis, como o seu lado romano, Diana.



A data de construção do templo remonta ao século I d.C., e é provável que o templo não tenha sido erigido em honra da deusa Diana mas sim em honra do imperador Augusto, no momento em que o culto ao imperador se dispersava. A associação do nome de Diana ao templo é mais tardia, sendo localizada no século XVII, fruto de uma lenda criada por um padre português. O templo foi erigido no forum da cidade de Évora, então chamada Liberatias Iulia. A construção manteve-se durante os cinco séculos que se seguiram até à invasão dos povos germânicos que destruiram o que restava do forum, deixando apenas as ruínas do templo.

Mais tarde, no século XIV, as ruínas foram integradas numa torre pertencente ao Castelo de Évora. Foi devido a esta incorporação que as ruínas se mantiveram intactas até ao século XIX, quando as adições mediavais foram removidas e se deu o processo de restauração coordenado pelo arquitecto italiano Giuseppe Cinatti. Já no século XX, no ano de 1986, o templo romano foi considerado Património da Humanidade, pela UNESCO.

Embora uma visita de curta duração, foi o suficiente para me encher os olhos de paisagens bonitas, onde se mistura o antigo com o moderno, e uma vontade imensa de lá voltar e simplesmente caminhar por aquelas ruas.

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